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Inovações na confecção esportiva

Permanecer parada esperando os reflexos da crise econômica ou pensar estratégias para auxiliar as pessoas a conviver com a pandemia.
Por Redação
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Duas opções que direcionam para caminhos opostos da gestão de um negócio. Ao escolher em promover o bem-estar de suas clientes, a microempreendedora individual (MEI) Amanda Francine Gazola da Silva, de Chapecó (SC), também encontrou alternativas para manter a sua empresa Lovfit Grife – confecção e comercialização de roupas esportivas.

A empreendedora relata que as vendas estavam desacelerando desde o início deste ano e estagnaram com o fechamento temporário dos estabelecimentos comerciais. “Março foi horrível, não sabia como seria o futuro. Uma situação imprevisível que deixou muitos empreendedores sem chão, pois neste cenário é difícil imaginar o próximo dia”, desabafa Amanda. 

Na primeira semana com sua loja fechada Amanda relata que foi terrível e parecia que estava de luto. O impacto foi imediato, sem vendas e sem faturamento. Ao visualizar a situação como oportunidade, ao invés de um problema, a empreendedora começou a perceber que não poderia ficar de braços cruzados. “Pensei em como poderia auxiliar as pessoas a conviver com essa loucura provocada pela pandemia, com soluções que agregassem ao bem-estar e foi assim que descobri como ajudar a minha empresa. Criei conteúdo, intensifiquei atuação nas mídias sociais e divulguei informações que auxiliassem na saúde física e mental. Isso resultou em um relacionamento ainda mais próximo com minhas clientes e em um feedback positivo”, avalia.

Amanda relembra que aos poucos as pessoas começaram a se motivar a comprar e priorizar a aquisição de produtos das empresas locais e dos pequenos negócios. Aliados a isso, os conceitos de seu negócio de consumo consciente, atemporalidade, versatilidade e cuidado com o meio ambiente se sobressaíram. “Implantei o serviço de delivery de bicicleta, fiz um big sale com descontos para incentivar a venda e ter capital de giro. Com a retomada das atividades montei um espaço vip, caso esteja atendendo algum cliente o próximo que chegar espera nessa nova área, para evitar aglomeração. Também aumentei o número de parcerias, que era um plano que tinha para efetivar antes da crise e acabei conseguindo durante a pandemia. Além disso, criamos máscaras de proteção com filtros removíveis”, explica.

Para a empreendedora, o apoio do Sebrae/SC, pela metodologia do Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), foi decisivo para formatar a organização do crescimento da empresa. “Aprendi a pensar de maneira lógica e não às cegas, como muitos empresários fazem. Isso funcionou para colocar em prática muitas ações das quais gostaria de ter feito, mas que não conseguia planejar ou visualizar uma maneira eficaz e viável. A agente local de inovação, Luniele Beilke, tem dado um aporte de conhecimento, inovação e sempre influenciado para criar mais estratégias que possam servir no enfrentamento de momentos de crises ou para o planejamento financeiro do negócio. Enfim, é muito interessante aprender sobre modelo de negócios, priorização do que realmente vale investir, seja tempo ou dinheiro, e pensar fora da caixa”, comenta.   

LOVFIT GRIFE

A grife de roupas esportivas utiliza tecidos tecnológicos para um bom desempenho e com costura de alto impacto, proporcionando conforto e versatilidade para realizar as mais diversas atividades do dia a dia. “Com base no conceito do comfort wear crio peças que podem ser utilizadas na academia, no trabalho, em viagem ou para sair à noite”, explica.

Segundo Amanda, a ideia surgiu de uma necessidade pessoal em otimizar o tempo. “Fazia faculdade, trabalhava, malhava e gostava de sair e levar várias peças de roupas na mochila era inviável, pois fazia tudo de bicicleta. A primeira peça da marca foi uma calça de couro esportivo com recorte montaria que valoriza as curvas do corpo”, relembra.