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Artesãs de Porto Belo confeccionam máscaras de proteção em troca de doações para Lar de Idosos

A pandemia originada pelo Coronavírus tem feito com que microempreendedores de todo o país utilizem suas habilidades de trabalho para criar produtos que ajudem a população na prevenção da doença.
Por Redação
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É o caso das irmãs Cintya Granzotto e Patrícia Granzotto, do comércio de artesanato “Minha Mana e Eu  – Crafts”, de Porto Belo, que estão confeccionando máscaras de proteção respiratória reutilizáveis, em troca de doações de produtos de higiene pessoal para o Lar Santa Maria da Paz, localizado na cidade vizinha, Tijucas.

 
A iniciativa surgiu quando a escola dos filhos de Cintya substituiu a campanha tradicional de Páscoa por uma campanha com o intuito de ajudar o asilo com mantimentos e produtos de higiene pessoal e de limpeza durante a quarentena. As irmãs doaram itens de necessidade básica naquele momento, mas perceberam que podiam fazer mais: confeccionaram 450 máscaras descartáveis para os profissionais e idosos do lar. Após a doação, que aconteceu no início de abril, o governo do Estado orientou a população para a necessidade de utilização de máscaras e foi aí que as irmãs tiveram mais uma ideia: confeccionar máscaras reutilizáveis de tecido em troca de doação de produtos de higiene, álcool em gel e dinheiro para o lar de idosos.

 
De acordo com Cintya Granzotto, o interesse dos amigos nas redes sociais aumentou o desejo das irmãs em iniciar o projeto. “Costuramos as primeiras para a família e alguns amigos se interessaram e quiseram comprar. Ficamos “meio assim”, afinal vender não era nosso objetivo e sim fazer nossa parte num momento tão difícil, já que as máscaras viraram uma necessidade. Então surgiu a ideia de trocar e de possibilitar que outras pessoas também pudessem apoiar o Asilo”, explica.

 
A loja de artesanato Minha Mana e Eu surgiu em 2006 com o objetivo de dar vazão à criatividade de cada uma das duas irmãs, materializando as inspirações e transformando aquilo que as emociona em algo que tenha significado para o outro. “Nas condições atuais, sem poder sair de casa, poder ajudar quem precisa utilizando nossas habilidades manuais com materiais que já tínhamos em casa e que era doação, tem sido um privilégio e uma forma de nos movimentarmos”, destaca Patrícia Granzotto.

As artesãs participaram da primeira turma do Programa de Fomento do Artesanato da Costa Esmeralda, promovido pelo Sebrae/SC para valorizar a identidade cultural do município. Com esse programa, a loja “Minha Mana e Eu” formalizou o negócio, criando identidade própria e marca para os seus produtos que vão desde bonecos, enfeites e acessórios feitos de crochê e resíduos têxtil. Além disso, as irmãs participam de diversas consultorias, capacitações, eventos, feiras do projeto “Entre Contrastes” e parcerias com o Sebrae.