Promover a conexão entre os ecossistemas locais de inovação do grande oeste catarinense foi o objetivo do Sebrae/SC ao realizar, na última sexta-feira (1º), o Encontro Regional durante a Feira Desbravalley – maior evento aberto de inovação, tecnologia, educação e negócios da região oeste catarinense –, realizada no Parque de Exposições Dr. Valmor Ernesto Lunardi (Efapi), em Chapecó. Participaram aproximadamente 30 representantes dos Ecossistemas de Inovação de Caçador, Chapecó (ChapHub), Concórdia (Nexcon), Joaçaba, Luzerna, Maravilha, São Miguel do Oeste (SMOHub), Videira, Xanxerê e Xaxim.
A analista de negócios do Sebrae/SC, Marieli Aline Musskopf, explica que a intenção foi de conectar as iniciativas, promover um bate-papo entre as governanças setoriais, trocar experiências e discutir o futuro da inovação no oeste catarinense. “A dinâmica de rodadas de conversas possibilitou aos participantes identificar pontos fortes e outros que precisam ser aprimorados, porque o que é forte em um pode ser a fraqueza do outro, e assim auxiliamos para o fortalecimento regional”, analisou. A avaliação foi positiva, principalmente, porque algumas instituições identificaram ideias de ações coletivas e também sugeriram a realização de outro encontro regional para o próximo ano.
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Em São Miguel do Oeste, o planejamento do ecossistema de inovação foi realizado em 2023, com a definição de quatro vertentes principais, que são: agro e tecnologia para alimentos; automação industrial; saúde e tecnologia da informação e comunicação (TIC). De acordo com o secretário do Centro de Inovação e Tecnologia do Extremo Oeste de Santa Catarina (CITEOSC) e empreendedor, Douglas Rodrigues, o Sebrae/SC contribuiu significativamente para o planejamento do ecossistema. “Em virtude das consultorias disponibilizadas às empresas, o apoio ao empreendedor e os programas desenvolvidos que facilitam muito a jornada da inovação. Enfim, o Sebrae é um hub de soluções e entregas essenciais. Sem ele, acredito que os ecossistemas não seriam uma opção atualmente”, analisou.
Em Água Doce, a Incubadora de Inovação (2iAD) foi fundada há um ano e meio com o objetivo de reter os talentos dos jovens que concluíram o ensino médio ou a graduação. “Atualmente o município conta com 6.500 habitantes, então, precisávamos de estratégias para oportunizar a permanência deles e, consequentemente, sua contribuição no desenvolvimento local”, explicou a gestora Roseli Silva. Nesse período já foram observados resultados na inovação, porque são sete empresas pré-incubadas. Para Roseli, participar de encontros regionais dos ecossistemas de inovação é fundamental para a troca de informações. “Conhecemos outras realidades, o que deu certo em determinados municípios e observamos o que podemos replicar”, afirmou.
Em Chapecó, a ênfase do diálogo foi de incentivar a articulação de ações e trabalhos em conjunto. “Acreditamos que a interação já está estabelecida, claro que sempre podemos melhorar, mas os participantes já se conhecem. Então, precisamos dar um passo a mais, por isso a provocação do planejamento para o próximo ano é de que possamos de fato extrair ações. Um primeiro teste foi o Café AgroInova, no qual cada entidade mostrou um pouco das linhas de projetos em que trabalha, com isso identificamos possíveis parcerias”, comentou a pesquisadora do Instituto Senai de Alimentos e Bebidas, Katia Joana Verdi Perin. Segundo ela, pelo modelo de atuação do Instituto Senai e da Epagri, que trabalham com projetos submetidos em fontes de fomento, as tratativas estão mais alinhadas para desenvolver soluções para as indústrias.
FEIRA DESBRAVALLEY
A realização foi da Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec), do Pollen Parque Científico Tecnológico e da Prefeitura de Chapecó, com apoio estratégico do Sebrae/SC, Acate e ACIC Chapecó.
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