Essa temática foi abordada, nesta semana, durante o workshop online “Como estruturar um sistema de delivery com credibilidade e segurança alimentar” do projeto Delivery Seguro, que visa qualificar empresas do segmento de alimentação fora do lar. A iniciativa é do Sebrae/SC, da Administração Municipal, do Sindicado de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SIHRBASC) e do Chapecó Convention & Visitors Bureau.
O mercado brasileiro já era promissor para o delivery e ganhou ainda mais espaço durante essa pandemia da Covid-19, pois o serviço se tornou um aliado na manutenção dos negócios. De acordo com levantamento da Rede Itaú, as compras pelo delivery aumentaram 59% em abril deste ano, no comparativo ao período anterior. “Esse serviço se tornou imperativo para toda a população diante de um cenário no qual as medidas preventivas são valiosas e urgentes. Contudo, é fundamental planejar como executar com eficiência para atender esses novos clientes”, enfatizou a nutricionista e consultora credenciada ao Sebrae/SC, Francieli Finger.
No workshop online foi apresentado o cenário desse setor com medidas que devem ser adotadas para garantir um delivery com agilidade, qualidade do produto, planejamento das etapas e divulgação do produto e do estabelecimento. Segundo Francieli, para gerar lucro, credibilidade e satisfação do público consumidor o planejamento é fundamental para que o serviço seja utilizado como estratégia. “A entrega deve ser analisada como um diferencial do negócio, pois de nada adianta bom posicionamento e presença nas redes sociais se apresenta problemas e atrasos na logística”, analisou.
Entre as orientações para estruturar um sistema de delivery, estão: as definições de canais utilizados para o contato com os clientes, aplicativos e plataformas para realizar a compra, alternativas para efetivar o pagamento e fatores que ampliam a satisfação e a motivação para recompra. Para implantar essa ferramenta também é necessário avaliar os custos de embalagem, percentual retido pelas plataformas, taxa de entrega e equipe necessária para operar o serviço. Além disso, os estabelecimentos devem ter um cardápio específico para o delivery, porque nem tudo que está no cardápio do estabelecimento precisa ir para o delivery. “A regra básica é de não sacrificar a qualidade, pois isso refletirá no futuro do negócio. Então, é preciso identificar o que vende bem e o que tem maior margem de lucro”, alerta.
OPORTUNIDADE
Em parceria com o projeto Delivery Seguro, a empresa Amo Delivery apresentou proposta para auxiliar os negócios locais a manterem suas atividades. Segundo a coordenadora de marketing, Suria Alves de Araujo Tescarolo, o aplicativo oferece taxas menores durante três meses, com isenção de pagamento para o cadastro na plataforma (inserção de cardápio, fotos dos produtos, telefones de contato, horário de atendimento) e cobrança apenas do pagamento online de 2,5%/mês.
“As entregas não são apenas para as empresas de alimentação fora do lar, mas também para outros setores como supermercados, padaria, lojas e farmácias. Levantamento da plataforma revela que no mês de abril ocorreu crescimento de 32% nas demandas de Chapecó no comparativo do mês anterior e para o mês de maio a previsão é de aumentar mais de 10%. Em abril a empresa fez 27.610 e em maio ultrapassará 30 mil”, expôs.
AVALIAÇÃO
Para a proprietária da Chácara Molinett de Quilombo, Karina Favaretto Molinett, a iniciativa foi muito interessante, principalmente, para uma região onde o delivery ainda não é tão utilizado. “No meu município em que atuo o serviço ainda está em estruturação, há dificuldades ainda no tempo de preparo dos produtos e nos horários de entrega”, comentou.
Karina complementou que o conteúdo contribuiu para relembrar as boas práticas ainda mais nesse período em que o delivery é esperado pelas pessoas. Contudo, para a empresária, o delivery também precisa pensar na sua responsabilidade social.
Segundo a analista técnica do Sebrae/SC, Marieli Aline Musskopf, o projeto elaborado e executado em várias mãos atingiu os objetivos propostos de auxiliar os empresários que estão ingressando na atividade e de reforçar as boas práticas de segurança alimentar para aqueles que atuam há mais tempo com entrega. “As temáticas foram abordadas de maneira clara e objetiva, com ênfase para as mudanças na legislação atual impostas pela pandemia. Os participantes também puderam esclarecer dúvidas sobre os procedimentos e alternativas para dinamizar os processos”, enfatizou