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Meliponicultura: uma paixão sustentável

Atualmente ele produz 18 quilos de variados méis anualmente.
Por SEBRAE/SC
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Produtor de abelhas sem ferrão de Coronel Martins destaca como o Programa ALI Rural auxiliou no crescimento profissional

Apaixonado por abelhas desde os 18 anos, o produtor de mel de Coronel Martins Ari Biazin, atualmente com 53 anos, começou a trabalhar na meliponicultura em 2019, com duas colmeias de abelhas de Jataí. Atualmente possui mais de 150 caixas que produzem diferentes tipos de méis.

“No início só trabalhava com JataÍ, uma produção pequena para consumo próprio. Com o passar do tempo comecei a explorar o mel de Mandaçaia, mais adocicado, produzido pelas abelhas nativas brasileiras sem ferrão. Outra espécie presente no meliponário é a abelha a abelha Borá que produz um mel mais azedo e o sabor lembra mostarda. Também possuo mirins, essa espécie produz pouco, mais para o sustento, elas são um hobby”, explicou Biazin.

Atualmente ele produz 18 quilos de variados méis anualmente. “É um negócio sustentável, além de ser uma fonte de renda e proteínas, vitaminas e minerais. A criação de abelhas é um grande Aliado para a preservação da natureza”, frisou.Além da produção de mel, Biazin comercializa enxames de abelhas sem ferrão, estas são obtidas através da multiplicação dos enxames realizada pelo próprio meliponicultor, o qual utiliza uma série de técnicas para formar um novo enxame.

(Principalmente com a espécie de abelhas mandaçaia). Também captura novos enxames (principalmente da espécie Jataí) nas iscas pet e transfere para caixas padrão Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para a posterior comercialização.

HOBBY LUCRATIVO

Aposentado, Biazin visualiza na apicultura um hobby lucrativo. “Tenho um milhão de funcionários trabalhando para mim, em tempo integral. Se cuidar bem das abelhas, proporcionar um ambiente adequado e alimentação suficiente, elas produzirão muito. É prazeroso passar o dia nas colmeias, trabalhando com um produto que é extremamente benéfico para a saúde”, comemorou.

DESAFIOS DO MERCADO

Um dos maiores desafios para os produtores de mel é a falsificação do produto no mercado. “Prejudica muito as mercadorias adulteradas, porque desvaloriza o nosso trabalho. Para ser comercializado, o produto precisa ser de estabelecimentos que têm serviços de inspeção com padrões de identificação e qualidade, garantindo a autenticidade e segurança. Os itens que são adulterados, utilizam aditivos na composição como amido e o açúcar”, destacou.

O mel, produzido pelas abelhas sem ferrão de Biazin, é comercializado em Passo Fundo (RS). “Comecei recentemente a produção de mel com a abelha guaraipo, da nossa região, que é bastante produtiva. Estou aumentando também o meu pomar para as abelhas, afinal devemos pensar na pasta apícola. Planto flores, frutas e realizo a adubação para elas produzirem o néctar”, ressaltou.

PARCERIA QUE GERA RESULTADO

A parceria com o Sebrae/SC através do Programa Agente Local de Inovação (ALI) Rural, possibilitou para Biazin mais conhecimento sobre a construção dos apiários e meliponários. “Com a comercialização dos produtos, o ALI Rural da região Juliano Collet, esclareceu pontos específicos sobre como fazer a gestão da contabilidade, para que esse hobby tivesse um retorno financeiro. É muito importante saber que os produtores possuem esse apoio na hora de empreender, seja em qualquer área ou cadeia produtiva”, destacou.

O gestor regional no oeste do Programa Rede de Agentes, Réges Chimello, destacou que o Sebrae/SC trabalha atividades econômicas diferenciadas, dentre elas a apicultura.
“A instituição realiza atendimento para os produtores através do Sebraetec e do ALI Rural, proporcionando suporte nesse segmento que vem ganhando muito destaque no estado”, pontuou.

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