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Visão de futuro: empresa rural migra da bovinocultura leiteira para olericultura

Conheça a história da Família Roth, de Iporã do Oeste
Por SEBRAE/SC
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Conheça a história da Família Roth, de Iporã do Oeste

Resiliência, flexibilidade, resolução de problemas, percepção dos sinais do mercado, perseverança, criatividade, busca por atualização, capacidade de enfrentar riscos e incertezas. Essas são algumas habilidades empreendedoras que marcam a trajetória da empresa rural Novo Horizonte Hortifruti, localizada na Linha Aparecida, no município de Iporã do Oeste, no extremo-oeste catarinense.

A família Roth trabalhava com a bovinocultura leiteira até 2016, porém, com o diagnóstico de tuberculose no rebanho precisou parar com a atividade. A decisão em recomeçar em outra área de atuação na propriedade rural foi tomada com o suporte das constantes capacitações em que participam. Neste período, por exemplo, Dulce Follmann Roth (61 anos de idade) esposa do empreendedor Inácio Roth (61 anos de idade) participava do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) – do Governo Federal, que era administrado na região pela Cooperoeste (São Miguel do Oeste) –, para produção de frutas e verduras em pomares e hortas domésticas.

Motivados com a aquisição dos novos conhecimentos, das vivências com as novas experiências e pela necessidade financeira de manter a propriedade rural e o sustento familiar, iniciaram na produção de olerícolas. “É uma atividade que demanda pouco investimento inicial e foi a partir dela que a família Roth teve um ‘Novo Horizonte”, relembra o genro dos empreendedores, Cleison Felipe Wolfart (24 anos) ao explicar também sobre a origem do nome do novo negócio.

De acordo com ele, se os desafios fazem parte da rotina de qualquer atividade econômica, ao mudar totalmente de ramo eles se multiplicam. “Os principais foram a falta de conhecimento técnico na atividade como as maneiras eficazes de produzir alimentos mais saudáveis e os recursos para realizar os investimentos iniciais necessários e os posteriores. Também tiveram dificuldade para definir o que produzir, para quem vender, a origem das mudas, a precificação, além dos procedimentos burocráticos para produção e comercialização”, recorda.

CAPACITAÇÕES

Logo após o início da atividade olerícola, Inácio e sua filha mais velha Jucelaine (que já não está mais na propriedade), participaram do curso Negócio Certo Rural, no Sebrae/SC. Essa iniciativa busca auxiliar o produtor a compreender os conceitos de planejamento e administração dos negócios rurais, abrangendo conteúdos básicos relacionados ao diagnóstico da propriedade, à seleção de ideias de negócios, à análise de viabilidade, à gestão da produção e ao processo de comercialização, com foco no empreendedorismo. Durante o curso a família elaborou um estudo de viabilidade de duas atividades, sendo que uma era de criação de novilhas e a outra produção de verduras e conservas.

Em 2023, Inácio e sua filha mais nova Tatiane Roberta Roth (22 anos de idade) participaram do Empretec Rural. Essa capacitação do Sebrae/SC tem como propósito aumentar a rentabilidade da empresa, estimular novos negócios e gerar novas oportunidades de empregos. No Empretec Rural são ampliadas as capacidades de detectar oportunidades de negócios, estabelecer metas desafiadoras, melhorar sua eficiência, aumentar os lucros em situações complexas, satisfazer os clientes, testar modelos de negócios e condições de viabilidade mercadológica, operacional e financeira. Neste ano, eles estão participando do Programa Agentes Locais de Inovação Rural (ALI), que busca levar inovação para micro e pequenas empresas por meio do acompanhamento personalizado de um profissional especializado em ferramentas ágeis.

DIMENSÃO

A propriedade tem 9,7 hectares de área total, sendo que 4,5 hectares estão destinados para produção de frutas e verduras. Segundo Cleison, dentro do ano agrícola conseguem fornecer mais de 40 itens, aos aproximadamente 100 clientes. Entre hortaliças folhosas e brássicas (couve-flor, repolho e brócolis) são produzidas em torno de 35.000 unidades. Também são produzidos aproximadamente 8.000 quilos de frutas e tubérculos. O excedente da produção é transformando em produtos semiprocessados e processados.

Cleison enaltece que a empresa está em busca do registro da marca Novo Horizonte para rotulagem dos produtos, com projetos futuros para agregação de valor da produção, principalmente na linha de semiprocessados e processados. Além de estudar a possibilidade de abranger mercado consumidor na região. Outra iniciativa é o processo de sucessão que está sendo encaminhado e planejado em conjunto com a família. “Estamos organizando aos poucos para fazê-lo da melhor forma possível. A atividade de hortifruti tem seus desafios como qualquer outra, mas se torna gratificante quando atingimos nossos objetivos, que são a entrega de alimentos mais saudáveis aos nossos clientes”, finaliza.

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